Copa do Mundo: jornalista acusado de complô


29/06/2010


Em entrevista realizada nesta terça-feira, 29 de junho, o Comissário Nacional da Polícia da África do Sul, General Bheki Cele, anunciou a prisão do repórter do jornal Sunday Mirror, Simon Wright, sob a acusação de ter participado de um complô e colaborado com a invasão do cidadão Pavlos Joseph ao vestiário da Seleção da Inglaterra, no último dia 18.

Simon Wright está detido na Cidade do Cabo desde a segunda-feira, 28 de junho. Para as autoridades sul-africanas, o ato do jornalista foi considerado como delinqüência “pela tentativa de desmoralizar o esquema de segurança organizado para a Copa do Mundo”.

Conforme foi publicado pela Agência Brasil, o General Bheki Cele disse que a polícia tem indícios para acreditar que o incidente foi encomendado:
— A polícia acredita fortemente que o motivo era colocar a segurança da Copa do Mundo em uma má situação e possivelmente lucrar com esse fato, afirmou o Comissário.

De acordo com a polícia sul-africana, Simon Wright, usando nomes falsos, teria reservado um hotel para Pavlos Joseph na África do Sul, e o teria entrevistado no momento em que os policiais o procuravam por ter cometido a invasão. Para o General Cele, pode haver “um contrato entre o invasor e o jornalista”.

O Comissário disse também que, antes do começo do Mundial, o repórter do Sunday Mirror publicou uma série de artigos acusando problemas de segurança na África do Sul. Segundo o Comissário, esses problemas não existem, e que ele mesmo tem-se encontrado com turistas ingleses nas ruas que afirmam que “os jornais britânicos mentiram”.

Em entrevista a agências internacionais, o porta-voz do Sunday Mirror, Nick Fullagar, disse que o jornal contratou um advogado para tratar do caso e que apóia o repórter. Segundo ele, o jornalista agiu “legitimamente” e teve um comportamento “perfeito” ao apurar o episódio da invasão do vestiário da Seleção Inglesa.

* Com informações da Agência Brasil.