CNN divulga áudio de Trump para calar modelo


25/07/2018


Presidente Donald Trump e a modelo Karen McDougal (Imagem: Reprodução)

CNN obteve nesta terça-feira (24) e exibiu no ar trechos de uma das gravações na qual Donald Trump discute com seu então advogado, Michael Cohen, o pagamento que fariam para comprar os direitos sobre a história de uma modelo que alega ter tido um caso com o presidente há mais de uma década.

Na gravação, feita em setembro de 2016 por Cohen, é difícil ter certeza se Trump sugere que o pagamento seja feito em dinheiro ou não seja feito.

Na última sexta, o jornal “The New York Times” já havia falado sobre a gravação, feita sem o conhecimento de Trump e encontrada pelo FBI durante uma busca aos escritórios de Cohen, e mais tarde foi revelado que existiam 12 áudios.

O trecho exibido pela CNN se refere à história envolvendo a ex-modelo da Playboy Karen McDougal, que alega que manteve uma relação extraconjugal com Trump entre 2006 e 2007. O caso teria começado pouco depois de a primeira-dama, Melania Trump, dar à luz ao filho do casal, Barron Trump. O presidente nega.

McDougal vendeu a sua história ao tabloide “The National Enquirer” por US$ 150 mil nos últimos meses da campanha presidencial, em 2016. O acordo a obrigava a se manter em silêncio sobre o caso. A história não foi publicada.

O National Enquirer pertence à American Media, uma empresa cujo dono é David Pecker, um apoiador e amigo próximo de Trump, que teria concordado em não divulgar o caso e em vender ao presidente os direitos sobre a história.

“Eu preciso abrir uma empresa para a transferência de todas essas informações sobre o nosso amigo David”, diz Cohen na gravação exibida no programa “Cuomo Prime Time” da CNN. Em outro momento, quando fala “temos que pagar”, o advogado é interrompido por Trump, que diz “que financiamento?”.

O então candidato à presidência também é ouvido dizendo “pague com dinheiro”, mas como o áudio está abafado, não fica claro se ele sugere que o pagamento seja feito em espécie ou não seja feito, já que Cohen responde “não, não”.

Fonte: G1