Claquete homenageia Nelson Sargento


02/06/2021


Às 20 hs, o cineasta Estevão Ciavatta e o compositor e músico Eduardo Galotti conversam com o apresentador do Claquete Musical, Paulinho Figueiredo, sobre o documentário Nelson Sargento no Morro da Mangueira, dirigido por Estevão que será apresentado ao final do bate-papo. O filme mostra o compositor carioca – que morreu semana passada, aos 96 anos – em suas andanças pelo local onde viveu por muitos anos.

E, a partir das 10 hs até a próxima quarta-feira,  estará disponível ao público o documentário sobre o compositor Wilson Moreira, parte do projeto Puxando Conversa sobre a vida de 49 compositores. Na próxima quarta-feira, a série será encerrada com a apresentação do documentário sobre o compositor Argemiro e da cantora-compositora Teresa Cristina.

Para assistir o bate-papo, seguido do documentário de Nelson Sargento, e ainda o documentário sobre o compositor Wilson Moreira, clique no canal da ABI do YouTube.


Programa

O Claquete Musical Especial homenageia hoje o compositor Nelson Sargento que morreu de Covid, aos 96 anos, na semana passada, exibindo o documentário Nelson Sargento no Morro da Mangueira, de Estevão Ciavatta, da CEO Pindorama Filmes. Às 19h30, o apresentador do programa, o jornalista e produtor cultural Paulinho Figueiredo, conversa com Estevão e com o músico Eduardo Gallotti. O filme será exibido ao final.

Nelson Sargento no Morro da Mangueira é o retrato biográfico do sambista encontrando seus amigos no local onde morou por muitos anos e que é um dos recantos do carnaval e do samba no Rio de Janeiro. O documentário, com 22 minutos de duração, foi realizado em 1997, sendo a produção de Flávio Tambellini e Ana Gabriela. A obra recebeu os seguintes prêmios: Melhor Montagem no Festival de Gramado 1997, Prêmio Multishow no Festival Internacional de Curtas de São Paulo 1997, Melhor Montagem no Rio Cine 1997, Prêmio Especial da Crítica no Rio Cine 1997 e Prêmio Especial do Júri no Rio Cine 1997.

Estevão Ciavatta é diretor, roteirista e produtor de cinema e TV, além  de sócio- fundador da Pindorama Filmes. Formado, em 1993, no Curso de Cinema da Universidade Federal Fluminense – RJ, tem em seu currículo a direção de algumas centenas de programas para a televisão, como os premiados Brasil Legal, Central da Periferia e Um Pé de Quê?, além dos filmes Nelson Sargento no Morro da Mangueira e Programa Casé – o que a gente não inventa não existe. Criador da série Preamar da HBO, Ciavatta lançou, em 2014, o longa de ficção Made in China, no qual assina roteiro e direção.

Eduardo Gallotti – é cantor, compositor, cavaquinista e pandeirista carioca, de Botafogo, e profissional desde os 20 anos. Foi fundador de rodas de samba tradicionais como “Candongueiro”, em Niterói; “Sobrenatural”, “Severina”, a do bar “Emporium” e a do “Trapiche”. Tem LPs lançados na década passada e diversas composições.

 

Wilson Moreira

O documentário sobre Wilson Moreira, Coisa da Antiga, de Valter Filé, e nome de uma famosa música que ele fez com Nei Lopes, seu grande parceiro, e entra no canal da ABI do YouTube hoje, às 10hs, seguindo até a próxima quarta-feira. No documentário, Wilson canta diversas músicas e conta suas histórias.

Nascido em Realengo, Wilson Moreira teve várias profissões dentre elas as de guia de deficientes visuaisguarda penitenciário e engraxate. Desde criança, se interessou pelo samba, tendo na família avós e tios que foram jongueiros e tocadores de caxambu.

Em 1955, ele foi um dos fundadores da ala dos compositores da escola de samba carioca Mocidade Independente de Padre Miguel, participando também da bateria da escola. Em 1968, passou a colaborar com a Portela, onde faria história na ala dos compositores. Na Portela encontraria grandes parceiros e amigos como Paulinho da ViolaCandeiaNatal da Portela e muitos outros.

O sambista teve as suas composições cantadas por grandes nomes da música brasileira como Leny Andrade, Beth Carvalho (“Te Segura”, “Goiabada Cascão”, “Morrendo de Saudade” e “Peso na Balança”), Alcione (“Gostoso Veneno”), Clara Nunes (“Mulata do Balaio”, “Deixa Clarear”) e Elizeth Cardoso (“Cidade Assassina”). Jorge AragãoMartinho da Vila também gravaram algumas de suas obras.

“Judia de Mim”, composta ao lado de Zeca Pagodinho e “Quintal do Céu”, são suas composições mais recentes de sucesso. Mas, o parceiro musical costumeiro de Wilson era o compositor Nei Lopes, parceria esta considerada uma das mais bem sucedidas da história do samba, rendendo dois discos antológicos; o primeiro “A Arte Negra de Wilson Moreira e Nei Lopes”, lançado em 1980, contém clássicos como “Goiabada Cascão” e “Gostoso Veneno”, já o segundo, “O Partido (Muito) Alto de Wilson Moreira e Nei Lopes”, de 1985, traz “Fidelidade Partidária” e Eu Já Pedi. Wilson Moreira faleceu vítima de câncer no rim em 7 de setembro de 2018.