Lembrar é Resistir marca reestreia de Cine ABI, dia 16


Por Claudia Sanches

16/06/2016


BV_LembrarO Cine ABI e o Coletivo RJ Memória, Verdade e Justiça convidam para a primeira exibição de Lembrar é Resistir, do diretor Nelson Xavier, dia 16 de junho, quinta-feira, a partir das 19h, na sala Belisário de Souza, no sétimo andar. A projeção faz parte do projeto Cine ABI, que voltou às atividades no dia 7 de abril deste ano, juntamente com a cerimônia do Dia do Jornalista.

Durante a festividade, que marcou a reinauguração do cine encontro, que voltará a fazer exibições quinzenalmente, estiveram presentes o cineasta Cacá Diegues e o diretor Luiz Carlos Barreto, sua mulher Lucy Barreto, e família. O evento, que também comemorou os 108 anos da entidade, lotou a sala Belisário de Souza, com destaques para a exibição de trailers de filmes nacionais, entre eles, “Lula, o filho do Brasil”, de Fábio Barreto e de “Sigilo Eterno – o filme que salvou a humanidade”, de Noilton Nunes.

Ao final da exibição haverá uma roda de conversa com o diretor Nélson Xavier, o escritor Ivan Jaf e outros integrantes. A entrada é franca.

Resistência contra a ditadura militar

O Diretor de Cultura e Lazer da Associação Brasileira de Imprensa Jesus Chediak falou sobre a importância da ABI no Cinema Nacional e sobre a volta projeto Cine ABI, e lembrou que a história da Casa do Jornalista se confunde com a do Cinema Novo. “O cinema sempre esteve presente na história da entidade desde a década de 50. Nos anos 60, Nelson Pereira dos Santos teve que descer as escadas da entidade com o negativo do filme “Rio 40º ” embaixo do braço, fugindo da polícia da Ditadura”.

 O filme

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Cena do filme “Lembrar é Resistir”

Lembrar é Resistir, de Analy A. Pinto e Isaías Almada, é uma peça originalmente encenada pela primeira vez em 1999, nas dependências do DOPS de São Paulo, que se transformara em um centro cultural, celebrando os 20 anos da Anistia.

Em 2001, por iniciativa do ator e diretor Nelson Xavier e um grupo de atores, ela foi montada no DOPS do Rio de Janeiro, adaptada pelo escritor Ivan Jaf, que trouxe para a cena os fatos que ocorreram no DOPS daqui. A peça se passava nos cárceres reais, por onde o público era conduzido. As pessoas tomavam contato com a realidade das prisões e torturas da ditadura militar. Com a grande repercussão surgiu então a necessidade de registrar o acontecimento. As imagens daquele espaço precisavam ser preservadas.

O filme foi feito sem  qualquer alteração no roteiro. É o teatro, filmado, com a direção de Nelson Xavier. O projeto conta com o apoio da FAPERJ – Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro, do Arquivo Público do Rio de Janeiro, da  Quanta Equipamentos de Iluminação, do  Grupo Tortura Nunca Mais, da CUT – Central Única dos Trabalhadores, da Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro, da Polícia Civil Governo do Estado do Rio de Janeiro e da Cultura Cine ABI.

O Cine ABI funciona na Associação Brasileira de Imprensa Rua Araújo Porto Alegre, 71, no sétimo andar, centro do Rio. Tel. (21) 2282-1292 Informações: Tel.: (21) 2256-0930 // ou pelo e-mail: teatroderoda@gmail.com.

 

* Publicado em: 13 jun, 2016 às 17:03