Brasileiros acham internet fundamental


24/03/2010


Uma pesquisa realizada recentemente pela consultoria canadense GlobeScan mostra que para 87% das pessoas o acesso à web é um direito fundamental. O trabalho foi encomendado pelo BBC World Service, serviço internacional de rádio da rede pública britânica. Segundo o estudo, 87% das pessoas que têm acesso à rede mundial de computadores defendem essa tese. De acordo com dados da pesquisa, 71% dos que não têm acesso à internet desejam conquistar esse direito. O estudo foi divulgado pelo Teletime News.

O Brasil aparece em terceiro lugar entre os países onde a população acha que a internet é uma ferramenta fundamental na vida das pessoas, 91% dos brasileiros aprovam o uso da rede. Em primeiro lugar está a Coréia do Sul, onde 96% das pessoas acham a internet primordial; em seguida aparece o México com um percentual de 94%.

A pesquisa desenvolvida pela GlobeScan entrevistou 27 mil adultos em 26 países, e apurou que 78% dos internautas acreditam que a web provocou transformações positivas em suas vidas. Cinqüenta e um por cento dos entrevistados afirmaram que passam boa parte do tempo navegando em redes sociais e sites de relacionamento.

Uma das questões mais discutidas atualmente sobre o uso da internet diz respeito à segurança. O tema tem sido motivo de preocupação de Governos — na América Latina, Ásia, África, Estados Unidos e na Europa —, meios de comunicação e dos próprios internautas.

Segurança

A questão foi abordada no desenvolvimento da pesquisa da GlobeScan, que mostra que as opiniões sobre a segurança da rede mundial se dividem. Neste item 49% dos pesquisados disseram não se sentir seguros em trocar mensagens on-line, contra 48% que afirmam sentirem-se seguras. No continente africano, Gana foi o país em que mais pessoas (74%) se mostraram inseguras quanto à confidencialidade das mensagens que trocam na rede. Em seguida aparece a Alemanha, com 72%, e a Coreia do Sul, com 70%.

Em relação ao Brasil, apesar do grande contingente de pessoas que consideram a internet um direito fundamental, os internautas não priorizam a web como uma necessidade prioritária em suas vidas, em comparação à média mundial. No mundo inteiro 55% dos internautas afirmaram que não conseguiriam viver sem acessar a internet. Em nosso País, 71% disseram que não teriam problemas se não pudessem acessá-la.

Um questão interessante levantada pelo estudo da GlobeScan é que a maioria dos internautas do mundo, cerca de 47%, usam a internet como fonte de informação, 12% como entretenimento e 5% como ferramenta de busca, pesquisa e compra de produtos. Segundo observação do Teletime News, esses dados demonstram um cenário contrário ao que é apontado pelos usuários das redes sociais.

Mulheres

Um outro estudo interessante sobre usuários da internet realizado no estado de São Paulo aponta que 33% das mulheres da classe C preferem navegar na web assistir à TV. A pesquisa foi desenvolvida pela Predicta e Multifocus para diagnosticar como a mulher brasileira de baixa renda se relaciona com a rede mundial. Com base na ferramenta Etnografia Digital, a pesquisa concluiu que um grande número de mulheres donas-de-casa da classe C, com idade de 25 a 49 anos, acessam a internet.

A pesquisa foi realizada com 50 donas-de-casa com internet em domicílio, de 25 a 49 anos, com renda familiar de até 10 salários mínimos, cujo perfil socioeconômico se refere à classe C.

A escolha dessa faixa de renda foi adotada porque as famílias nesse patamar foram as que mais contribuíram com o crescimento da internet, desde 2003, quando eram 2 mil165 domicílios até 2008, com 8 mil 775 domicílios conectados, segundo Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD 2008), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

* Com informações do Teletime News e Portal Imprensa.