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Youtube tem primeiro desenho em Libras


10/10/2018


Depois de uma tentativa sem sucesso de se comunicar com uma jovem surda em uma festa, o diretor de animação Paulo Henrique dos Santos, de 27 anos, decidiu criar um desenho animado para ensinar a Língua Brasileira de Sinais (Libras).

“Eu achei um absurdo ter uma pessoa brasileira do meu lado e eu não ter ideia de como me comunicar. Vi que há um grande despreparo da maioria para falar com os surdos”, conta Paulo Henrique.

A iniciativa simples do diretor acabou se tornando referência, o desenho “Min e as Mãozinhas” é o primeiro totalmente em Libras no YouTube.

“Foi uma surpresa ser o primeiro. Quando a gente começa a gente busca referências, mas como não tive decidi arriscar e esse retorno tem sido muito gratificante”, disse o diretor.

‘Min e as mãozinhas’ é o primeiro desenho animado em Libras, a língua brasileira de sinais. — Foto: Divulgação

Arrecadação coletiva

Paulo, que já trabalhou nas animações do Sítio do “Pica-Pau Amarelo” e da “Turma da Mônica”, lançou este projeto voltado para crianças surdas com idade entre três e seis anos.

Para desenvolvê-lo, o diretor contou com uma equipe de professores e intérpretes. Ao todo, a primeira temporada tem 13 episódios, mas apenas o primeiro está produzido.

Para concluir o trabalho, Paulo busca parceiros e empresas. Também foi criada uma página de arrecadação coletiva.

“A ideia do desenho é que os professores também possam usar em sala de aula. O projeto seja liberado da maneira mais democrática possível”, explica Paulo Henrique.

 

Diretor busca parceiros para concluir a animação — Foto: Reprodução

Primeiro capítulo

O episódio de estreia conta a história de uma menina surda chamada Yasmin, conhecida como Min. Ela estava na casa da árvore quando um esquilo encontrou pegadas no chão e quis saber de quem eram. Eles vão até a floresta para descobrir quem deixou os sinais pelo caminho. Nesse passeio, encontram o elefante, o gato e o sapo. A todos, Min ensina cinco sinais em libra para que eles aprendam falar, por exemplo, “oi” e dizer o próprio nome.

Fonte: G1