Brasil é o 10º em impunidade de crimes contra jornalistas


31/10/2018


O Brasil ocupa a décima colocação no ranking mundial de impunidade de crimes contra jornalistas. A edição 2018 da pesquisa foi divulgada pelo Comitê para Proteção dos Jornalistas (CPJ) e mantém a Somália no topo do ranqueamento pelo quarto ano consecutivo. O relatório nomeia 14 países no total. A metodologia utilizada calcula o número de crimes não resolvidos contra jornalistas em relação ao total geral da população de cada país. Apenas os países que resultam em cinco ou mais ocorrências desse tipo sem solução entram na lista. O ranqueamento é definido pela proporção em relação à população local.

 

Considerando apenas a América Latina, o Brasil ocupa a terceira posição no continente e faz parte do ranking há nove anos. Até o momento, são 17 casos não resolvidos no país. O levantamento lista o jornalista Jefferson Pureza Lopes, da Beira Rio FM, como a única vítima com crime não resolvido no país este ano. Ele foi morto no dia 17 de janeiro, em sua casa, em Edealina (GO), com dois tiros na cabeça e havia recebido diversas ameaças por criticar políticos locais.

O México é o país latino-americano com o maior número de ocorrências contra profissionais da imprensa não solucionadas (26). Em sétimo no ranqueamento geral, está uma posição à frente da Colômbia (5). A líder geral Somália tem 25 casos não resolvidos, seguida pela Síria (18).

De acordo com o relatório, a maior parte das vítimas são jornalistas locais. Profissionais que cobrem países de alta instabilidade política, localizados em zonas de conflito e violência armada são as principais vítimas, seguidos por aqueles que cobrem corrupção, criminalidade, política e direitos humanos.

Segundo a CPJ, na última década, pelo menos 324 jornalistas foram assassinados no mundo inteiro e em 85% dos casos nenhum culpado foi condenado. Os 14 países incluídos no relatório respondem por 82% de situações desse tipo. O comitê começou a relacionar os casos em 2008.

Clique aqui para ver o documento original da pesquisa.

Fonte: Portal Imprensa