Banner 2
Banner 3
Banner 1

Ato na Catedral da Sé relembra Vlado e todas as vítimas da ditadura


Em 2025, o Brasil lembra os 50 anos da morte do jornalista Vladimir Herzog, brutalmente assassinado em 25 de outubro de 1975 nas dependências do DOI-CODI, em São Paulo. Para marcar a data, a Comissão Arns e o Instituto Vladimir Herzog realizaram, nesse sábado (25), a recriação do ato inter-religioso na Catedral da Sé — o mesmo local onde ocorreu a histórica cerimônia de 1975, que desafiou o regime militar e se consolidou como divisor de águas na luta pela redemocratização do Brasil . Na sexta-feira (24), a ABI realizou um Ato em Memória de Vlado.

Em 1975, mais de 8 mil pessoas se reuniram na Sé para a missa de sétimo dia em homenagem a Herzog. O gesto, conduzido por líderes religiosos como o cardeal D. Paulo Evaristo Arns, o rabino Henry Sobel e o reverendo Jaime Wright, com o apoio do jornalista Audálio Dantas, então presidente do Sindicato dos Jornalistas de SP, tornou-se marco na resistência democrática.

“O jornal da hora do almoço da TV Cultura terminava às 13hs. Minha jornada estava encerrada. Era uma sexta-feira e aquele fim de semana seria de folga.  Deixava a emissora quando meu chefe pediu uma carona. Eu ia para Moema, mas poderia dar uma pequena desviada e deixá-lo na Vila Mariana, onde ele trabalhava no período da tarde. Foi o que fiz. Lembro da minha despedida. Até segunda. Bom fim de semana, Vlado”, lembra Laurindo Lalo Leal Filho, conselheiro da ABI.

Cinco décadas depois, o novo ato inter-religioso será dedicado não apenas à memória de Herzog, mas também a todas as famílias que perderam entes queridos durante a ditadura.

Há exatos 50 anos, o jornalista Vladimir Herzog foi assassinado pela ditadura militar. Sua morte marcou a história do Brasil um catalisador da mobilização popular pela democracia. Hoje, nós do Instituto que leva seu nome, junto com a Comissão Arns, nos reunimos novamente na Catedral da Sé, no mesmo espaço que acolheu milhares de pessoas em 1975, ao lado da sociedade civil, pela vida, memória e luta de Vlado e pelos familiares de vítimas da ditadura e da violência de Estado contemporâneas. Naquele ano, mais de 8 mil pessoas se reuniram na Sé para a missa de sétimo dia em homenagem a Vlado. O gesto, conduzido por líderes religiosos como Dom Paulo Evaristo Arns, o rabino Henry Sobel e o reverendo Jaime Wright, com o apoio do jornalista Audálio Dantas, então presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, tornou-se um marco da resistência democrática.

O Ato, que contou com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin, no exercício da Presidência, teve apresentações ultHá exatos 50 anos, o jornalista Vladimir Herzog foi assassinado pela ditadura militar. Sua morte marcou a história do Brasil um catalisador da mobilização popular pela democracia.

Hoje, nós do Instituto que leva seu nome, junto com a Comissão Arns, nos reunimos novamente na Catedral da Sé, no mesmo espaço que acolheu milhares de pessoas em 1975, ao lado da sociedade civil, pela vida, memória e luta de Vlado e pelos familiares de vítimas da ditadura e da violência de Estado contemporâneas. Naquele ano, mais de 8 mil pessoas se reuniram na Sé para a missa de sétimo dia em homenagem a Vlado. O gesto, conduzido por líderes religiosos como Dom Paulo Evaristo Arns, o rabino Henry Sobel e o reverendo Jaime Wright, com o apoio do jornalista Audálio Dantas, então presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, tornou-se um marco da resistência democrática.

O Ato, que contou com a presença do vice-presidente, Geraldo Alckmin, no exercício da Presidência, teve apresentações culturais do Coro Luther King, Cida Moreira e leitura de uma carta de Zora Herzog, mãe de Vlado, para o juiz Márcio José de Moraes, que reconheceu o direito à indenização para a família de Vladimir Herzog pela União, na voz da atriz Fernanda Montenegro.

Foto: Paulo Pinto/ Agência Brasil

Foto: Reprodução/TV Globo

Veja aqui a íntegra do Ato

https://www.youtube.com/live/0q_XH_k9f-k?si=CEqjXnCBWffCu0Vx

O Instituto também produziu um dossiê que apresenta um resumo da trajetória e do legado de Vlado, acompanhado de links para o Acervo do IVH, onde é possível acessar fotos, documentos e detalhes sobre a história do jornalista.

Veja aqui o documentário “Herzog – O Crime que Abalou a Ditadura”, uma produção original do Instituto Conhecimento Liberta (ICL) com apoio do Instituto Vladimir Herzog, tem direção e roteiro de Antonio Farinaci, e o podcast Herzog, a foto e a farsa.

Ato na ABI

Na sexta-feira (24), cerca de 200 pessoas participaram no auditório do 9′ andar da ABI do Ato para lembrar os 50 anos de morte de Vladimir Hezog, entre elas Hildegard Angel, Victória Grabois, os deputados Chico Alencar (PSOL-RJ) e Reimont (PT-RJ), a vereadora Maira do MST (PT-RJ), Francis Bogossian, presidente do Clube de Engenharia, e o advogado Carlos Nicodemos, do Conselho Nacional dos Direitos Humanos, entre outros.

O Ato foi aberto pelo presidente da ABI, Octávio Costa, que saudou os presentes, e lembrou que, na época, a entidade, presidida por Prudente de Moraes, Neto, juntamente com o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, organizou um abaixo-assinado, com mais de mil assinaturas, pedindo a reabertura do caso. “Vladimir Herzog sobreviveu ao nazismo na Europa, mas nao sobreviveu ao fascismo no Brasil. Foi morto por fascistas brasileiros”, concluiu.

Veja aqui a fala do presidente da ABI, Octávio Costa.

Veja aqui a saudação de Ivo Herzog, filho de Vlado e dirigente do Instituto Vladimir Herzog.

Veja aqui a fala do jornalista Paulo Markun, companheiro de Vlado, que foi preso na mesma época de Vlado.

Veja aqui uma fala de Vladimir Herzog, dos arquivos do Instituto Vladimir Herzog.

Também falaram, Hildegard Angel, irmã de Stuart Angel; Vitória Grabois,  filha, irmã e esposa de guerrilheiros do Araguaia e fundadora do Grupo Tortura Nunca Mais do Rio de Janeiro; Virgína Berriel, presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio de Janeiro; deputado Chico Alencar (PSOL-RJ); vereadora Maira do MST (PT-RJ); advogado Carlos Nicodemos, do Conselho Nacional dos Direitos Humanos; e o deputado federal Reimont (PT-RJ).

Veja aqui a íntegra do Ato.

https://www.youtube.com/live/fbpP1cOy-1Y?si=uq7Fs5hn8zqYhUiN