Argentinos pedem justiça para jornalista morto durante a Copa do Mundo


Por Igor Waltz*

06/11/2014


O jornalista argentino Jorge Luiz López, de 38 anos, na Arena Corinthians (Crédito: Reprodução/ Acervo Pessoal)

O jornalista argentino Jorge Luiz López, de 38 anos, na Arena Corinthians (Crédito: Reprodução/ Acervo Pessoal)

Passados quatro meses da morte do jornalista argentino Jorge López, conhecido como “Topo”, durante da Copa do Mundo do Brasil, sua família deu início a uma campanha pedindo justiça. O repórter seguia para o hotel, em Guarulhos, São Paulo, após cobrir um treino da seleção argentina, quando o táxi onde estava foi atingido pelo veículo de criminosos em fuga. Jogadores, jornalistas e técnicos do Brasil e da Argentina aderiram ao movimento e manifestaram seu apoio pela hashtag #justiciaparatopo.

Para a esposa de Topo, Verónica Brunati, que também é jornalista, houve pouco empenho por parte da Secretaria de Segurança Pública, da Fifa e do Comitê Organizador Local (COL) em prestar apoio e informações aos familiares. Ela também estava no Brasil para a Copa do Mundo, mas só foi informada da morte pelas redes sociais várias horas depois, através de uma mensagem de condolência enviada pelo ex-jogador Diego Simeone.

A viúva chama atenção para o fato da certidão de óbito registrar que Topo morreu em um acidente automobilístico no dia 8 de julho, sendo que o fato aconteceu no dia seguinte. A polícia alega que o documento se refere ao dia que o carro usado pelos bandidos foi roubado.

A viúva ainda fala em demora no atendimento médico. Depois do acidente, a polícia continuou a perseguição e prendeu os criminosos, enquanto o corpo do argentino ficou à espera da remoção.

“Sabemos que os meios de comunicação chegaram antes dos médicos, mas são fatos que vamos reconstruindo aos poucos. Nós entendemos que o proceder da polícia não foi adequado”, disse para um canal argentino.

Na campanha, ela pede que os culpados sejam condenados. Marcelo Cavalcanti da Silva, 23, e Rodrigo Consentino da Fonseca, 19, estavam no carro que atingiu o táxi. Eles foram presos em flagrante e respondem por homicídio doloso (com intenção de matar), lesão corporal com dolo eventual e corrupção de menor. Um adolescente estava com ele no momento do acidente.

O brasileiro Robinho aderiu à campanha, além do jogador Angel Di María e os ex-atletas Diego Simeone e Diego Maradona.

*Com informações Portal A Tarde e Catraca Livre.