ABI promove exposição de fotos da “Última Hora”


09/12/2015


A Associação Brasileira de Imprensa e a Associação de Amigos do Arquivo do Estado de São Paulo inauguraram, no último dia 8, a exposição “Última Hora: Imagens de um Acervo”, na sede da entidade, no Centro do Rio. A exposição ficará aberta ao público até o dia 19 de janeiro de 2016, das 10 às 18 horas (exceto feriados) e é gratuita.

Para os admiradores de imagens antigas, a mostra itinerante conta com um acervo de 90 fotos distribuídas em dez painéis que retratam a cidade entre as décadas de 50 e 60.

O jornalista Antônio de Moura Reis, do Conselho Deliberativo e diretor da representação da ABI, é um dos mais entusiastas da exposição. Saudosista, orgulha-se de ter trabalhado com o fundador da redação da Última Hora, Samuel Wainer, de 67 a 69.

“Quando procurei a ABI para abrigar essa exposição, tinha certeza do sucesso. Trata-se de um tesouro que foi salvo e merece ser admirado. A Última Hora foi um jornal imaginado, criado, escrito e diagramado por um repórter. Quebrou a tradição que todo o grande veículo pertence a um grande grupo. A Última Hora pertencia a um jornalista. O jornal era diferente. Tinha um patrocinador chamado Getúlio Vargas para defender o político Getúlio Vargas”, observa.

foto 5Antônio de Moura Reis ressalta ainda que a Última Hora renovou o jornalismo brasileiro.

“Era muito bem diagramado, ótimos textos. Era uma pintura, muito bem feito”, exalta.

O jornalista lembra que o jornal lançou a interatividade com o leitor ao criar o “Leitor repórter”.

“O leitor via o fato, telefonava para o jornal, que enviava um repórter para o local. O jornalista apurava a matéria junto com o leitor, que era pago por isso. A Última Hora ouvia as reclamações contra a prefeitura, Governo estadual, autoridades e cobrava os resultados. Isso gerava interatividade, o que é comum atualmente. Era um sucesso”, conta.