A Voz da Serra perde Laercio Rangel Ventura


25/02/2013


A Região Serrana do Estado do Rio de Janeiro perdeu um de seus maiores nomes do jornalismo. O diretor-presidente de A Voz da Serra, Laercio Rangel Ventura, faleceu no dia 3 de fevereiro, no Hospital Unimed de Nova Friburgo, aos 82 anos, de complicações decorrentes de um procedimento cirúrgico. Ele assumiu o jornal em 1973, após a morte de seu pai, o fundador Américo Ventura Filho.
 
Ao longo dos 40 anos em que esteve à frente da Voz, Ventura foi responsável pela modernização da empresa, com a contratação de mais profissionais e aquisição de equipamento. Foi durante a sua gestão que a publicação deixou de ser semanal para se tornar trissemanal em 1983 e diária a partir de 1995. Também sob sua liderança, A Voz da Serra foi uma das primeiras publicações fluminenses a ganhar sua versão online, em 1997.
 
Políticos da região se manifestaram sobre a morte do jornalista. O Presidente da Câmara Municipal de Nova Friburgo, Marcio Damazio (PSD), lembrou o legado que o jornalista deixa à cidade. Já o Prefeito Rogério Cabral (PSD) afirmou que Ventura escreveu “diariamente parte da história da cidade”.
 
Profissionais de imprensa também prestaram sua homenagem. O radialista Pedro Omar, da Nova Friburgo AM, recordou de como Laercio Ventura o ajudou no início da carreira. “Ele foi uma das primeiras pessoas que conheci quando cheguei nesta cidade há cerca de 50 anos. Nos anos 80 fui contratado para ser repórter policial em A Voz da Serra, mas nunca perdi o vínculo de amizade depois que sai do jornal”, conta.
 
Já Walter Thuller, do Luau TV, afirmou que o diretor foi uma inspiração. “Laercio servia como referência, justamente por ser um norteador, um tomador de decisões. Laercio conseguiu a proeza de manter A Voz da Serra com circulação ininterrupta por tantas décadas e de conteúdo extremamente isento. Sua morte encerra um ciclo de uma geração de jornalistas e empresários de comunicação fluminense”, declara.   
 
Ventura deixou a viúva Maria José Tardin, a filha Adriana (de seu primeiro casamento), que trabalha na administração do jornal, e os netos Gabriel, Isabela e Sofia. O corpo do jornalista foi velado na Câmara Municipal de Nova Friburgo com presença de familiares, autoridades, amigos e funcionários da Voz. O sepultamento foi realizado no dia 4 de fevereiro, no Cemitério Luterano da cidade.