No Dia Internacional dos Direitos Humanos, a luta continua


14/12/2022


Neste sábado, dia 10 de dezembro, se comemora o Dia Internacional dos Direitos Humanos, data em que a Assembleia Geral das Nações Unidas oficializou a Declaração Universal dos Direitos Humanos, apresentada e proclamada em 1948. Em 1950, a ONU oficializou a data como homenagem ao dia histórico para os direitos da humanidade.

“Neste Dia Internacional dos Direitos Humanos, vale lembrar as palavras sábias de Oscar Niemeyer: “Um dia o povo ouvirá o que deseja e a liberdade e os direitos humanos serão conquistas irreversíveis”. Essa frase está inscrita na gravura que o grande arquiteto doou para a chapa de frente de esquerda que venceu as eleições para o Sindicato dos Jornalistas do Rio em 1978”, lembrou o presidente da ABI, Octávio Costa.

A data tem um significado de extrema importância para a história da humanidade e para o modo como as sociedades são constituídas na contemporaneidade. A Declaração Universal dos Direitos Humanos tem 30 artigos que garantem a todos os seres humanos o direito à liberdade, à vida, à segurança e à dignidade.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos começou a ser pensada logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945 quando o mundo ainda sofria com as consequências bárbaras e violentas da guerra.

Os lideres mundiais se reuniram e prometeram fazer com que a humanidade nunca mais tivesse que presenciar atrocidades como as que haviam sido registradas durante as duas grandes Guerras Mundiais. Para isso, criaram ainda em 1945, a Organização das Nações Unidas – ONU.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos é considerada o documento mais traduzido da história moderna. Está disponível em mais de 360 línguas.

Leia abaixo os primeiros artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos:

Artigo 1°

Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.

Artigo 2°

Todos os seres humanos podem invocar os direitos e as liberdades proclamados na presente Declaração, sem distinção alguma, nomeadamente de raça, de cor, de sexo, de língua, de religião, de opinião política ou outra, de origem nacional ou social, de fortuna, de nascimento ou de qualquer outra situação. Além disso, não será feita nenhuma distinção fundada no estatuto político, jurídico ou internacional do país ou do território da naturalidade da pessoa, seja esse país ou território independente, sob tutela, autônomo ou sujeito a alguma limitação de soberania.

Artigo 3°

Todo indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.

Hoje, 74 anos depois, a Declaração Universal dos Direitos Humanos continua não sendo respeitada em muitos países, como mostra, por exemplo, a prisão do jornalista Julian Assange, do Wikileaks. A luta em defesa dos direitos humanos continua!