18ª Feira de Sementes Crioulas e da Agrobiodiversidade em Irati (PR)


15/09/2022


Nos dias 16 e 17 de setembro acontece a 18ª Feira de Sementes Crioulas e da Agrobiodiversidade, no Centro de Tradições Willy Laars de Irati.

O evento busca fortalecer as famílias chamadas de “Guardiãs de Sementes”, que conservam e multiplicam sementes e mudas livres de transgênicos.

A feira acontece há mais de 20 anos e é organizada pelo grupo Coletivo Triunfo, formado por várias instituições e participantes, e conta com apoio da AS-PTA Agricultura Familiar e Agroecologia, Sindicato Municipal dos Trabalhadores Rurais e Prefeitura de Irati.

Nas feiras, além da troca e multiplicação das sementes e mudas crioulas, são compartilhados conhecimentos entre os participantes. “São expostas várias técnicas e há discussões sobre a produção orgânica e a agroecologia, além de ser um espaço de debate sobre as questões agrarias, com o público da área rural e urbana”, explicou Renato Kovalski Ribeiro, biólogo e assessor técnico da AS-PTA Agricultura Familiar e Agroecologia.

No evento haverá mais de 120 expositores de sementes, mudas e artesanatos. A expectativa, segundo os organizadores, é receber cerca de cinco mil pessoas, entre agricultores familiares, pesquisadores, técnicos da Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER), professores, alunos e todos que se interessarem pelo assunto, pois o evento é gratuito.

As bancas de exposição são gratuitas para as famílias guardiãs ligadas à agricultura familiar, sendo necessário apenas uma inscrição prévia das bancas e dos produtos.

Para reservar mesa para expor é necessário se inscrever no link – http://forms.gle/d2QSuB4afREB98BP9

Importância das sementes e mudas crioulas

De acordo com o biólogo Renato Ribeiro, diversas sementes e mudas crioulas estão há milhares de anos nas mãos de indígenas, povos tradicionais e famílias agricultoras. Elas passam por um processo constante de seleção e adaptação aos mais diversos climas e solos, gerando várias formas, cores e sabores. “É o que chamamos de Agrobiodiversidade”, disse Ribeiro.

Estas variedades são responsáveis pela produção orgânica e agroecológica, pois, não necessitam da aplicação de insumos, são produtivas e resistentes às pragas. “A agrobiodiversidade também movimenta a economia local e fortalece a agricultura familiar limpa, saudável e igualitária”, enfatizou o especialista.